As manchas do rosto são uma das principais queixas que nos médicos, observamos em nossa rotina. Elas afetam especialmente as mulheres, de idade maior ou igual a 25 anos, sendo um quadro eventualmente desfigurante, que pode causar distúrbios emocionais.
Dentre os tipos de manchas escuras no rosto, podemos citar as efélides (mais conhecidas como “sardas”), o melasma (antigamente denominado “cloasma”) e a melanose solar, que como o próprio nome sugere, e causada unica e exclusivamente pela radiação solar.
Apesar do caráter benigno da evolução dessas doenças, qualquer mancha deve ser avaliada por um medico, e assim acompanhada para sucesso no tratamento.
De uma maneira geral, podemos afirmar que a exposição solar e o fator desencadeante mais importante no melasma e também nas demais situações, pois os raios ultravioletas aumentam a atividade das células produtoras de melanina (substancia esta que da pigmento a pele), provocando uma hiperpigmentação, sobretudo na região centro-facial.
A intensidade da pigmentação e variável: as vezes discreta, quase imperceptível, outras vezes muito acentuada, causando aspecto de “mascara desconfigurante”, sendo associada a vários distúrbios psicológicos.
As causas mais comuns de manchas na face estão inseridas em um conjunto de fatores contribuintes. São elas:
1- Predisposição constitucional – racial ou genética;
2- Exposição solar – tanto a exposição solar cumulativa, ao longo dos anos, quanto a exposição solar intense;
3- Cosméticos – produtos que contenham derivados do petróleo, psorentéricos (limão, tangerina, frutos da figueira, salsa, nabo, mostardeira, dentre outros);
4- Fármacos fotossensibilizantes – tetraciclinas;
5- Fatores hormonais – ocorre em ate 29% das mulheres que usam anticoncepcionais, mas também e observada em mulheres na menopausa, as quais realizam TRH (Terapia de Reposição Hormonal);
6- Gravidez – estimulo a melanogênese e consequente hiperpigmentação da pele.
O tratamento se da pelo uso constante de foto protetor total para UVB e UVA, que contenha alem de agentes químicos, substancias como o dióxido de zinco, agentes físicos opacos que refletem a luz solar.
Os clareadores promovem a inibição da síntese de melanina, e assim obtemos o efeito desejado de clareamento das manchas. Podemos citar a hidroquinona, substancia clareadora mais potente, porem não deve ser utilizada sem prescrição e acompanhamento medico, devido a seus efeitos indesejados: as manchas brancas em confete, por exemplo, são evidenciadas especialmente em peles morenas, e remetem caráter irreversível.
É valido ressaltar que no Melasma e na Efélide, não existe cura, mas sim o controle das referidas doenças, sendo observado melhora importante das lesões no inverno e recidiva nos períodos mais quentes, como no verão.