Esse tipo de arroz cultivado na China há mais de quatro mil anos, ganha novos adeptos a cada dia e tornou-se a sensação entre chefs e gourmets, devido a características únicas como sua cor, lilás, que de tão forte se torna preto, pelo aroma levemente acastanhado e pelo sabor único. No entanto, nem só os requisitos que aguçam nossos sentidos o tornam tão especial; as pesquisas também demonstram efeitos positivos sobre a saúde, isso porque este cereal é riquíssimo em antocianinas, presentes no pericarpo, na película da semente e na fibra exterior do grão.
As antocianinas são uma subclasse de flavonóides hidrossolúveis responsáveis por conferir coloração a inúmeras frutas, legumes, cereais e até flores; são comuns em componentes da dieta e são de crescente interesse inclusive para a indústria alimentícia, como corante natural para alimentos. Em estudo publicado recentemente no Journal of Agriculture and Food Chemistry, que avaliou o conteúdo de antocianinas de todos os grãos coloridos (preto, azul, rosa, roxo, vermelho e branco), os autores demonstraram que o arroz negro é o mais rico em antocianinas de todos os grãos estudados. Esse fator é extremamente relevante, visto o conhecido potencial das mesmas na prevenção das doenças crônicas, devido a diferentes ações, incluindo: antioxidante, antiinflamatória, antiaterosclerótica, antineoplásica, hipolipidêmica e hipoglicemiante.
Comparado ao arroz polido e integral, o arroz preto possui mais proteínas e fibras e dez vezes mais compostos fenólicos (antioxidantes). Além disso, a película que envolve o grão do arroz integral preto (farelo) é rica em carboidratos, óleos, proteínas, fibras, cobalto, vitaminas: A, B1, B2, B6, B12, niacina, ácido nicotínico, ácido pantotênico, pró-vitaminas C e E.