Banana madurinha ou verde? – CLÍNICA TRINUTRIX

Banana madurinha ou verde?

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Aline Salgado Wolf

A banana é um alimento produzido nos países tropicais e é muito consumida aqui no Brasil. Por ter o  preço acessível e um paladar agradável esse alimento é encontrado na mesa da população de todos os estilos e classes sociais fazendo dessa fruta um hábito quase diário na alimentação dos brasileiros; somos o número 1 no consumo de banana!!!

Que a banana é rica em vitaminas do complexo B, C, magnésio, potássio e triptofano nós já sabemos; a novidade que nos vem aparecendo é que a banana quando consumida verde nos oferece esses nutrientes e ainda diversos benefícios! A grande diferença entre a banana madura e a verde é que a verde é rica em amido resistente e quando ela vai amadurecendo esse amido é transformado em açúcar e a estrela dessa história é exatamente o amido resistente! O amido resistente funciona como uma fibra alimentar, pois não é digerido e absorvido no intestino delgado e sim no intestino grosso, dessa forma ele serve de “alimento” para a proliferação de bactérias benéficas que habitam nosso intestino tornando-o mais saudável e potencializando suas funções de absorção de nutrientes e de barreira contra entrada de substancias tóxicas e noscivas, podendo dessa forma ajudar e/ou prevenir quadros de diarreia, constipação e até câncer intestinal.

A polpa de banana verde cozida, é conhecida como biomassa de banana verde, ela pode ser feita em casa ou comprada na forma congelada ou em farinha. Para fazer em casa deve-se utilizar bananas bem verdes com casca; após higienização das mesmas as bananas devem ser colocadas numa panela de pressão adicionando água até cobrir toda a fruta, deixando cozinhar por cerca de 15 a 20 minutos. Após o cozimento devem ser retiradas as cascas e a polpa deve ser processada  ainda quente, até que se obtenha uma pasta homogenia. Essa biomassa possui diversas formas de utilização, já que a mesma pode conferir propriedade espessante (aumentar consistência) e por possuir sabor ameno. Há diversos estudos sendo realizados objetivando utilizar a farinha de biomassa em substituição à farinha de trigo o que confere maiores benefícios aos consumidores.

Além dos benefícios citamos, estudos indicam ainda que o consumo da biomassa de banana verde também atua na redução do colesterol sanguíneo, pela redução de sua produção pelo fígado, e pelo aumento da sua eliminação pelos ácidos biliares .  Outro grande achado aponta benefícios  relacionados à manutenção dos níveis normais de glicose no sangue e na prevenção do acúmulo de gordura corporal.

Para obter os benefícios da banana verde o ideal é que o consumo seja diário em torno de 2 colheres de sopa, por isso a mesma pode ser congelada e usada diariamente em preparações do cotidiano como  feijão, sopas, sucos, vitaminas, purês além das receitas em que ela substitui outros tipos de alimentos como pães, bolos, sobremesas e tortas. O importante é testar, experimentar e fazer da banana verde um hábito diário assim como a banana madurinha!

 Patê de manjericão

– 2 colheres de biomassa de banana verde amolecida

– 1 punhado de manjericão

– 1 colher de sopa de azeite extra-virgem

– ½ tomate picado

– 1 colher de chá de mostarda

– 1 pitada de sal rosa

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, M. C. B. D. M. Estudo para fins industriais das propriedades funcionais do amido nativo e modificado hidrotermicamente, provenientes de banana verde, variedade “Prata”. Pombal,PB , 2013.

ANTUNES, M. J. ; ASSIS, E. M.; ASQUIERI, E. R. Obtençao e caracterização de farinha da banana verde da terra (Musa sapientum ) 2011. Disponível em: <http://www.sbpcnet.org.br/livro/63ra/conpeex/mestrado/trabalhosmestrado/mestrado-maria-jose-camelo.pdf>. Acesso em: 15 de ago. 2015.

Leon TM. Elaboração e aceitabilidade de receitas com biomassa da banana verde. Trabalho de conclusão de curso- Universidade do extremo Sul Catarinense, 2010.

RibeiroCM,MartinsJFL, PaulaHAA, FerreiraCLLF. Potencial probiótico e tecnológico das bactérias do ácido lático no desenvolvimento de embutido cárneos fermentado. Rubio. Rio de janeiro, 2012.

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